No livro CAL ROGERS da coleção EDUCADORES , MEC, traduzido por Marcos Antonio Lorieri, nós, professores encontraremos textos que, de forma clara e resumida, nos falam sobre APRENDIZAGEM.
O tradutor do texto inicia a sua abordagem sobre o tema APRENDIZAGEM, fazendo a seguinte pergunta: o que é a aprendizagem? Para nossa surpresa, veja o que ele escreve sobre a pergunta feita. "Se o propósito do ensino é promover aprendizagem, é preciso então indagar o que queremos dizer com essa expressão. Aqui, torno -me veemente. Quero falar sobre aprendizagem,mas não da matéria morta,estéril,fútil e rapidamente esquecida que é entulhada na cabeça do pobre desamparado indívíduo preso à sua cadeira por férreas amarras de conformismo! Quero falar sobre APRENDIZAGEM com letras maiúsculas - aquela insaciável curiosidade que leva o adolescente a absorver tudo o que pode ver, ouvir ou ler, a fim de melhorar a sua eficiência. Quero falar sobre o estudante que diz: - Estou descobrindo, haurindo do exterior, e tornando aquilo que hauro uma parte real de MIM. Quero falar sobre qualquer aprendizagem na qual a experiência do que aprende progride ao longo desta linha: - Não,não,não é isso o que quero. - Espere aí! Isso se aproxima mais daquilo em que estou interessado, do que preciso. - Ah, aqui está! Agora estou apreendendo e compreendendo o que PRECISO e o que quero SABER!
Após esse texto leia as seguintes sílabas: baz , ent, nep,arl, lud. Agora eu te pergunto: -você entendeu alguma coisa? Pois bem; essas sílabas não são fáceis de aprender e têm probabilidade de serem esquecidas rapidamente. Muitas vezes, apresentamos aos alunos conteúdos com a mesma qualidade desconcertante e sem sentido que a lista de sílabas acima. É a partir de práticas dessa natureza que muitos alunos descobrem que boa parte do curriculo escolar não sentido para eles. Desse modo a educação não alcança os objetivos propostos, tornando-se uma tentativa morta que não possui significado pessoal. Uma aprendizagem desse tipo envolve apenas a MENTE, é uma aprendizagem que se processa "do pescoço para cima". Não envolve sentimentos ou significados pessoais, não tem muita relevância para a pessoa integral.
Em contraste é possível uma aprendizagem significante, cheia de sentido experiencial. Quando um bebê começa a engatinhar e toca um objeto quente, aprende por si só que tal temperatura dói , queima e futuramente não tocará mais em objetos quentes.Tenho certeza que essa criança incorporou essa aprendizagem de maneira significante.Portanto, ela não será esquecida tão cedo.Outra situação de aprendizagem significante pode mencionada, quando uma criança começa a trabalhar com os números e de repente descobre por meio de blocos lógicos que dois e mais dois são quatro. Outro dia descobre que leu uma história impressa em quadrinhos ou um conto de aventura e a partir disso entendeu que as palavras têm um poder mágico que a conduz para outro mundo. Ela agora realmente aprendeu a ler. Veja que deixada aos seus próprios recursos, a criança aprende rapidamente, por meios que tão cedo não esquecerá e de uma maneira que possui um significado altamente prático para ela e, isso tudo pode se perder se for "ensinada"de modo que envolva somente o intelecto.
PENSAMENTO FINAL: A educação tradicionalmente imaginou a aprendizagem como um tipo ordenado de atividade cognitiva, pertencente ao lado esquerdo do cérebro, sem nenhuma relação com as sensações e sentimentos.
AUTOR: Profhonorio
AUTOR: Profhonorio