terça-feira, 1 de novembro de 2011

UMA REFLEXÃO SOBRE O SENTIDO DA EXPRESSÃO “AUTORIDADE”



Muitas vezes, temos dificuldade em parar para refletirmos sobre o significado dessa palavra. Isso talvez se deve  ao fato de muitos de nós não darmos  a devida atenção ao impacto positivo que esta  expressão pode causar nas pessoas, quando utilizada  em ocasiões certas, para e com as pessoas certas.
Iniciaremos esta reflexão desmembrando a palavra AUTORIDADE em dois novos termos: AUTOR  e  IDADE. A primeira diz respeito a alguém que faz alguma  coisa; quem age; o provocador; enfim,  àquele que prática um ato. A segunda, refere-se  inicialmente, à cronologia ,  que pode ou não  servir  de base à construção da maturidade biológica. Após esse desmembramento, juntemos novamente  os termos. Claro que agora temos uma visão melhor da expressão AUTORIDADE.
De acordo com o Minidicionário de Língua Portuguesa, AUTORIDADE  significa ,dentre outros,  “poder”. É exatamente na relação entre esses dois termos AUTORIDADE  e  PODER que pretendemos desenvolver o  raciocínio para a produção desse texto.
De posse dos termos acima, vamos reforçar o que  fora dito sobre autoridade-  é aquele que  faz algo; é mentor  de uma ideia e a executa. Podemos ampliar ainda mais, o sentido desse termo, afirmando que autoridade é também  ter responsabilidade pelos seus atos.
Agora iremos  discutir um pouco sobre a forma; maneira como se executa, se faz  algo, exerce-se o poder, e como tal poder impactará na vida do outro. Imaginemos uma situação hipotética: você  é  um pai ou mãe. Ao estabelecer  uma conversa ou diálogo com seu filho, tenta orientá-lo sobre a sua conduta, comportamento. Percebe que e a criança fica atenta, ouvindo os seus conselhos. Fica contente demais por ter conseguido atrair a atenção do seu filho. Alguns dias se passam e, você se surpreende com as atitudes anti – humanas, exatamente do filho que havia aconselhado tanto. Está constrangido por não ter exercido a sua AUTORIDADE. Por que os seus conselhos não deram certo? Você já tentou encontrar  respostas para esta  pergunta?  Talvez não. Acredito , que você esteja desconcertado e se sentindo  impotente, incapaz de educar seu filho. Porém, agora é interessante que você reflita sobre os pontos seguintes: consistência do conteúdo dos seus conselhos; se sua fala transmitia segurança ao seu filho; você  dá testemunho  daquilo que prega; se acredita naquilo que está falando;  o seu filho pode  confiar nas suas palavras; enfim, se você  é realmente referência de pai, pessoas e homem para o seu filho. Segundo, grandes pensadores como Peag, Vallon , Celso Vasconcellos e Pe. Fabio de Melo, ser uma  AUTORIDADE  é ter a capacidade de gerar no outro confiança; segurança e, dar a ele oportunidade de estabelecer uma relação de autonomia recíproca. É como diz Roberto Carlos em sua música: “mas agora eu sei /o que aconteceu / quem sabe menos das coisas, sabe muito mais que eu”. No contexto  universal, ao se considerar as novas relações humanas na família, no trabalho, nas diversas formas de organização social, uma pessoa só poderá ser considerada AUTORIDADE quando for capaz de ser REFERÊNCIA POSITIVA naquilo que faz e dentro do contexto no qual está inserida. Entende-se autoridade aqui, como sendo uma virtude, um dom de exercer o PODER  de forma  a agregar valores que venham a contribuir com o crescimento e prosperidade coletiva dos humanos. Foi assim que Cristo exerceu a sua AUTORIDADE .
 De posse do verdadeiro sentido do termo AUTORIDADE, podemos  compará-lo com as práticas humanas exercidas em vários ambientes sociais. Pensemos um pouco sobre o papel e práticas de muitos de nós, PROFESSORES, nas escolas onde trabalhamos. Será que paramos um pouco para refletirmos e levantarmos hipóteses sobre a INDISCIPLINA na sala de aula? Será que diante de tanta violência nas escolas, paramos  para refletir sobre o tipo de AUTORIDADE  que somos, enquanto professores? Temos a  capacidade e humildade de atribuirmos boa parte da indisciplina escolar à nossa falta de AUTÊNTICA AUTORIDADE ? Como fora mencionado na situação hipotética, o pai ficou constrangido por não ter exercido a sua autoridade. Porém, o pai não conseguiu transmitir ao filho toda segurança necessária para que a criança acreditasse nele.
Portanto, uma “pessoa autoridade” é capaz de transmitir ao outro segurança  e  confiabilidade nos projetos que se propõe a fazer e naquilo que  professa.  

Autores: Professora Rita Maria Fernandes  e  Profhonorio.
FAZ. NOGUEIRA , 09 de outubro/2011.

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